Expressões Populares
A
expressão “fazer nas coxas” surgiu na época da colonização brasileira. As
telhas usadas nas construções da época, feitas de barro, eram moldadas nas
coxas dos escravos. Assim, algumas vezes ficavam largas, outras vezes finas,
nunca com um tamanho uniforme. Foi desta forma que surgiu a expressão,
utilizada para indicar algo mal feito.
A
expressão inglesa “OK” (okay), mundialmente conhecida para significar algo que
está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, nos EUA. Durante o
conflito, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma morte entre a
tropa, escreviam em uma placa “0 Killed” (nenhum morto), expressando sua grande
satisfação. Foi assim que surgiu o famoso “OK”.
No
século XIX, quando uma visita iria ser breve, deixavam o cavalo ao
relento, em frente à casa do anfitrião. Caso a visita fosse demorar, colocavam
o animal nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol.
Contudo,
o convidado só poderia colocar seu cavalo protegido da chuva se o anfitrião
percebesse que a visita estava boa e dissesse: “pode tirar o cavalo da chuva”.
Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.
> Dor-de-cotovelo
A
expressão “dor-de-cotovelo”, muito usada para se referir a alguém que sofreu
uma decepção amorosa tem sua origem na figura de uma pessoa sentada em um bar e
com os cotovelos em cima do balcão, enquanto toma uma bebida e lamenta a má
sorte no amor.
De tanto o apaixonado ficar com os cotovelos apoiados sobre balcão, os mesmo deveriam doer. Esta é a ideia por trás desta expressão.
De tanto o apaixonado ficar com os cotovelos apoiados sobre balcão, os mesmo deveriam doer. Esta é a ideia por trás desta expressão.
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Casa da Mãe Joana
A
expressão se deve a Joana, rainha de Nápoles e condessa de Provença que viveu
na Idade Média entre 1326 e 1382. Em 1346, a mesma se refugiou em Avignon, na França.
Aos 21
anos, Joana regulamentou os bordéis da cidade onde vivia refugiada. Uma das
normas dizia: "o lugar terá uma porta por onde todos possam entrar."
Transposta para Portugal, a expressão "paço-da-mãe-joana" virou
sinônimo de prostíbulo. Trazida para o Brasil, o termo paço, por não ser da
linguagem popular, foi substituído por casa. Assim,
"casa-da-mãe-joana" passou a servir para indicar o lugar ou situação
em que cada um faz o que quer, onde impera a desordem e a desorganização.
A
expressão “fazer vaquinha” surgiu na década de 20 e tem sua origem relacionada
com o jogo do bicho e o futebol. Nas décadas de 20 e 30, já que a
maioria dos jogadores de futebol não tinha salário, a torcida do time se reunia
e arrecadava entre si um prêmio para ser dado aos jogadores.
Esses
prêmios eram relacionados popularmente com o jogo do bicho. Assim, quando iam
arrecadar cinco mil réis, chamavam a bolada de “cachorro”, pois o número cinco
representava o cachorro no jogo do bicho. Como o prêmio máximo do jogo do bicho era vinte e cinco mil réis, e isso
representava a vaca, surgiu o termo popular “fazer uma vaquinha”, ou seja,
tentar reunir o máximo de dinheiro possível para um fim específico.
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Onde Judas perdeu as botas
A
expressão "onde Judas perdeu as botas" é usada para designar um lugar
distante, desconhecido e inacessível.
Existe
uma história não comprovada que relata que após trair Jesus, Judas enforcou-se
em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhara por
entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava
sem seus sapatos, saíram em busca dos mesmos e do dinheiro da traição. Nunca
ninguém ficou sabendo se tais botas foram achadas. Acredita-se que foi assim que surgiu tal expressão.
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Pensando na Morte da Bezerra
A
história mais aceitável para explicar a origem do termo é proveniente das
tradições hebraicas, nas quais os bezerros eram sacrificados para Deus como
forma de redenção de pecados.
Um
filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada.
Assim, após o animal morrer, ficou se lamentando e pensando na morte do mesmo.
Após alguns meses o garoto morreu. Foi desta forma que surgiu tal expressão.
A
tradição de entrar em algum lugar com o pé direito para dar sorte é de origem
romana. Nas grandes celebrações dos romanos, os donos das festas acreditavam
que entrando com tal pé, evitariam agouros na ocasião da festa. A palavra
“esquerda” significa do latim, sinistro, daí já fica óbvio a crença do lado
obscuro dos inocentes pés esquerdos. Foi a partir daí que a crença se espalhou
por todo o mundo.
Na época da intensa imigração no Brasil, os imigrantes
tinham que ter suas próprias ferramentas. As "mãos abanando" eram um
sinal de que aquele imigrante não estava disposto a trabalhar. A partir daí o
termo passou a ser empregado para designar alguém que não traz nada consigo.
Uma aplicação comum da expressão é quando alguém vai a uma festa de aniversário
sem levar presente.
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Motorista Barbeiro
No
século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e
barba, mas também tiravam dentes, cortavam calos, entre outras coisas. Por não
serem profissionais, seus serviços mal feitos eventualmente geravam marcas. A
partir daí, desde o século XV, todo serviço ruim passou a ser atribuído ao
barbeiro, por meio da expressão “coisa de barbeiro”.
Este
termo veio de Portugal, contudo, a associação de “motorista barbeiro”, ou seja,
um mau motorista é tipicamente brasileiro.
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Lágrima de Crocodilo
Quando
dizemos que uma pessoa está chorando “lágrimas de crocodilo”, estamos querendo
dizer que ela está fingindo, chorando de uma forma falsa. Tal expressão,
utilizada no mundo inteiro, veio do fato de que o crocodilo, quando está
devorando suas presas, faz uma pressão muito forte sobre o céu da boca e
estimula suas glândulas lacrimais, dando a impressão de que o animal está
chorando. Obviamente, o animal não “chora”, por isso surgiu à expressão popular.
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